Porque passar o reveillon em Helsinque

Quando você pensa em Escandinávia, pensa em arquitetura moderna, muito verde, comida criativa e atitudes progressistas em relação à direitos humanos e ambientalismo? É isso que você vai encontrar na capital da Finlândia, uma cidade viva e jovem como as colegas Copenhagen ou Estocolmo.

Helsinque é lar de chefs premiados, como Sasu Laukkonen (do Chef & Somelier), Pekka Terävä e Petri Lukkarinen (do estrelado Olo) que fazem parte de um movimento de valorização dos ingredientes do norte da Europa, o new Nordic cuisine. Também é onde as pessoas mais bebem café em todo o planeta e, portanto, de cafés charmosos e aconchegantes (como o Anton & Anton).

A arquitetura da cidade é muito celebrada, com exemplos incríveis de construções modernas em rocha (veja a Temppeliaukion Kirkko, ou “igreja de pedra”) ou madeira (a Kulttuurisauna, construída em 2012) . Todo branco e suave, o Museu de Arte Contemporânea também é de derrubar queixos de admiradores de arquitetura.

Há um clima de comunidade que dura o ano todo mas é especialmente percebido nos meses de primavera e verão, quando as pessoas saem as ruas e realizam feiras de produtos locais, piqueniques, festivais de música e exposições de arte ao ar-livre.

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Porque ir: Se no Brasil o réveillon é desculpa para beber na beira do mar e pular ondas fazendo pedidos para Iemanjá, na Finlândia é o período mais escuro do ano. Talvez por isso mesmo os helsinquianos gostem de celebrar com fogos de artifício, algo levado tão à sério que em setembro há um concurso para escolher quem vai iluminar o céu da cidade. No comecinho de janeiro o Lux Helsinki volta a iluminar a capital finlandesa: light artists projetam luzes coloridas sobre monumentos e parques, com efeito mágico. Em 2015 o festival dura cinco dias e começa em 04/01. Aqui tem um gostinho.

Sendo inverno, aproveite o tanto que Helsinque é bacana para compras, visitando lojas como a colorida Marimekko e a sóbria Gaudette. Basta dar um rolê pelo Design District e se perder em suas lojas e cafés, mas a TimeOut também tem um guia esperto. Peças úteis de design simples e inteligente, parte importante do bom gosto escandinavo, podem ser encontradas (desde 1935!) na companhia Artek. Os nomes do design contemporâneo podem se encontrados no Design Forum Shop.

O que fazer na virada: Tem disposição para encarar o frio, que nessa época do ano chega à -20 Cº? Então vá para a Senate Square (Senaatintori) onde se comemora a virada de ano desde 1930.  Além do calor humano, há apresentações musicais e uma queima de fogos de proporções épicas, que começa por volta das 19h e vai madrugada adentro. O Kallio é o bairro moderno da cidade, cheio de restaurantes, galerias e clubs, onde fica o Siltanem – um dos bares/clubs bacanas da região com festa de réveillon programada. Se o seu lance é underground, caia no Kuudes linja, praticamente uma instituição local. E se você estiver comemorando a virada de ano como convidado na casa de uma família finlandesa, pergunte sobre o tin melting. É um antigo costume de derreter um pedaço de metal para ver o futuro.

Saiba mais
http://www.12hrs.net/guides/12-hrs-in-helsinki
http://www.timeout.com/travel/features/691/the-time-out-weekenders-guide-to-helsinki
http://www.visithelsinki.fi/en/whats-on/events-in-helsinki/new-years-eve-senate-square

Foto destacada: A Catedral de Uspenski por Lassi Kurkijärvi.