O que você precisa saber antes de viajar para Israel

Israel é um dos países mais fascinantes que já conheci. São 22 mil  km² de área, 6 horas de carro de norte a sul, e diferentes visuais pelo caminho. Apesar de ser um país pequeno (é menor do que Sergipe), tem muito para ver por aqui: o Mar Morto no ponto mais baixo da terra, os lugares sagrados de Jerusalém, o Monte Hermon coberto de neve no inverno, e por aí vai. Recomendo uma visita de no mínimo uma semana, ou de 10 a 15 dias para ver quase tudo com calma. Se estiver planejando a sua viagem para Israel, aqui vão algumas dicas básicas para começar a se preparar.

Temperatura

Jerusalém. Foto: Robert Bye / Unsplash
Vista de Jerusalém. Foto: Robert Bye / Unsplash.

Qualquer época é uma boa época para visitar Israel. O inverno é bem menos rigoroso que o europeu, e o verão é quente pra dedéu. Se você não vier para um feriado ou evento específico, recomendo maio/junho para temperaturas mais amenas. Dá pra pegar praia sem suar que nem um camelo.

Visto e Aeroporto

Brasileiros não precisam de visto para entrar em Israel, basta ter o passaporte válido por mais de 6 meses. Ao entrar e sair do país, seu passaporte não será carimbado – você receberá um papel, e é só guardá-lo durante a visita. No mais, Israel é conhecido pela segurança reforçada na entrada e saída do país. O protocolo é comum para todos, sejam turistas ou nativos, por isso, responda às perguntas com calma, explique os motivos da visita, e se necessário, mostre a confirmação da estadia.

Moeda e Preços

Jaffa e Tel Aviv. Foto: Shai Pal / Unsplash
Jaffa e Tel Aviv vistas de cima. Foto: Shai Pal / Unsplash.

Prepare o budget porque, apesar do Shekel estar cerca de 1 pra 1 com o Real, Israel não é um país barato. Uma garrafa de água custa em média 8 reais, uma cerveja, 30 reais, e um jantar sai 80 reais por cabeça, sem contar a gorjeta. A passagem custa em média US$800 com escala na Europa ou Etiópia, mas vale pesquisar os novos vôos diretos da LATAM que saem mais em conta em determinadas épocas.

Segurança

Apesar do que você provavelmente lê na mídia brasileira, Israel é um dos países mais seguros do mundo. Discussões políticas à parte, no dia a dia eu ando pra cima e pra baixo usando meu celular na rua, e volto da night andando sozinha às 3 da manhã sem me preocupar. Claro, te aconselho ficar sempre de olho nos seus pertences onde quer que esteja, principalmente em locais turísticos como mercados e praias. E nunca, repito, nunca deixe sua mochila sozinha e desamparada – os riscos dela ser destruída pelo esquadrão antibomba são altos.

Idioma

Mar Morto. Foto: Robert Bye / Unsplash
Flutuando no Mar Morto. Foto: Robert Bye / Unsplash.

O idioma oficial é o hebraico, mas todas as placas de trânsito incluem árabe e inglês. Em cidades maiores como Tel Aviv e Jerusalém é tranquilo se comunicar falando em inglês, e em outras cidades, a maioria sabe um basic ABC. Por ser um país que oferece cidadania para descendentes de judeus, Israel recebe em média 30 mil pessoas por ano de todas as nacionalidades. Por isso, não se impressione se escutar português ou outras línguas por aqui.

Feriados e Shabat

Pessach em abril e Rosh Hashaná em setembro/outubro são as grandes festas, e costumam ser as épocas em que as empresas fecham, os israelenses viajam e os preços de hotéis e passagens sobem. Já o Shabat é um dia curioso para quem não conhece. O dia do descanso para o Judaísmo acontece semanalmente no anoitecer da sexta-feira até o anoitecer do sábado. Em Israel, isso significa uma pausa no transporte-público e o fechamento da maioria das lojas, supermercados e restaurantes. Pra não ser pego desprevenido, programe-se para estar em Tel Aviv neste dia, a cidade mais internacional do mapa. Ah, e o domingo é um dia útil por aqui – todo mundo trabalha e estuda no clima de segunda-feira.

Jardins Bahai do Monte Carmel. Foto: Konstantin Stupak / Pexels
Jardins Bahai do Monte Carmel. Foto: Konstantin Stupak / Pexels.

Não faltam motivos para conhecer Israel, seja você religioso, baladeiro ou um(a) apaixonado(a) por conhecer novas culturas. Mesmo pequeno, Israel não passa despercebido. É e sempre será um país polêmico, conturbado, inspirador e surpreendente. Garanto muitas surpresas positivas na sua aventura pela terra oficialmente do leite e mel, e obcecada por café, homus e tahine. 

*Foto capa: Estradas de Yeruham por Virpeen Syp / Unsplash.