Conheci o fotógrafo mineiro Hick Duarte num shooting de que participei para uma edição especial da Festa Crew, da qual eu fazia parte. Desde então, todos meus olhos voltaram para o seu trabalho e para suas conquistas. Em tão pouco tempo, ele alçou uma carreira de sucesso, que pouco se vê nesta área. Acompanhá-lo é sempre sonhar um pouquinho em estar onde não estou. É vê-lo em lugares incríveis e cinematográficos, é vê-lo ao lado de superstars globais, é vê-lo nos corredores das fashion weeks mundo afora. A impressão é que ele não para. E talvez não pare mesmo. O trabalho dele tem um visão bem única. É bater o olho e saber que tem o dedo dele ali. Ele já fotografou diversas campanhas para Adidas, Storvo, Cotton Project, West Coast, FFW, Pedro Lourenço e, por dois meses, documentou a exposição da Mariana Abramovic, em São Paulo, além de coberturas de festivais. Claro que fui lá bater na janelinha dele para saber quais as boas para 2016.

Berlim: Alimento a vontade de conhecer Berlim desde 2014, quando os primeiros amigos falaram sobre o baixo custo de vida e a crescente cena artística da cidade. Não rolou até hoje, mas em 2016 vai acontecer – se não for pelo Melt Festival, que está com um line-up foda, vai ser pela Bienal de Berlim, que chega à sua nona edição com (a improvável e muito curiosa) curadoria do coletivo DIS.

Inhotim: Eu nasci e vivi até os 22 anos em Minas Gerais e dá até vergonha dizer que nunca fui a Inhotim. De qualquer forma, acho que 2016 pode ser um bom momento para conhecer o museu, que segue em fase de expansão, abrindo novas galerias. Além de todo o contexto ambiental, tenho muita vontade de ver as obras do Tunga e do Hélio Oiticica de perto. Em 2016, a viagem para lá é certa.

Moscou: A cidade tem se mostrado um pólo criativo muito interessante para o streetwear e para a cultura urbana nos últimos anos. Seja pela notoriedade do trabalho do Gosha Rubchinskiy, como designer e fotógrafo, ou pela pasteurização geral do que se vê sendo produzido nos Estados Unidos nessa área, os jovens criativos e as novas marcas russas têm construído uma estética de moda mais raw e fresca, com uma conexão mais forte com a realidade.

Marrocos: Fui para Dubai a trabalho em janeiro, fiquei completamente vidrado com o contato mínimo que tive com o Oriente e imagino que a África possa me surpreender bastante também. Em 2016 tenho muita vontade de conhecer um lugar mais true por aqueles lados, além de achar as paisagens marroquinas animais.

Sidney: Para uma viagem mais chill, eu acho que Sidney seria um bom destino. Além de nunca ter ido, ouço falar muito bem sobre as praias e os programas mais naturais, como trilhas e ilhas.

*Foto destaque: Ait Benhaddou, cidade fortificada entre o Sahara e Marrakesh, em Marrocos. Foto: Matej Kastelic / Shutterstock.com