Lugares para fugir do calor: Zurique

Morrendo de calor no Brasil? Pense que a maior cidade da Suíça tem neves frequentes e temperaturas entre -2 e 7 no inverno. E se a menção ao país te faz pensar em chocolates, fondue, bancos e relógios, pode ser hora de atualizar idéias.

Zurique é a cidade-sede da FIFA, por exemplo. E lar de uma das mais conceituadas universidades européias, a Swiss Federal Institute of Technology, com 21 ganhadores de prêmio Nobel na história. O segundo maior prédio do Google também fica aqui, motivado pelo importante hub ferroviário de Zurique, que faz ligação com toda a Europa. A proximidade com diversos resorts nas montanhas justifica o apelido de “portal dos Alpes Suíços”. E Zurique ainda é a cidade com mais clubs em toda a Europa.

Uma cidade moderna e movimentada, mas que tem origens com tribos germânicas no século V, foi ocupada por romanos e se tornou um centro de religião, artes e cultura na Idade Média. Essa parte da história da Suíça vale ser vista nas belas igrejas, museus e monumentos preservados no centro histórico.

Foto: Fedor Selivanov via Shutterstock.
Cenário de quebra-cabeça na estação de esqui de Flumserberg. Foto: Fedor Selivanov via Shutterstock.

Porque ir: 

Para ver arte, dançar, comer e beber muito bem. A cidade é incrível e cheia de coisas para fazer, mas quem curte umas escapadas encontra aqui uma ótima base, já que atrações nas montanhas suíças, como a estação de esqui de Flumserberg (foto acima) são acessíveis de trem (a rede de transporte do país é super eficiente) ou viagens curtas de carro. Um dos passeios mais populares é para ver as corredeiras Rhine Falls. Se no verão são um convite para beber vinho gelado nas margens, no inverno permitem belas imagens do rio congelado.

E, sim, há fondue em todo lugar. Mas é claro que a comida suíça é muito mais que queijo derretido. Sofrendo influência da Itália, Alemanha e França, a culinária do país é sofisticada e levada muito à sério. Zurique tem restaurantes estrelados, bistrôs aconchegantes e até o mais antigo restaurante vegetariano do mundo, o Haus Hiltl, de 1898.

Cachoeira congelada no Reno, a 45 minutos de viagem a partir de Zurique. Foto: Yu Lan / http://www.shutterstock.com/gallery-441847p1.html
Cachoeira congelada no Reno, a 45 minutos de viagem a partir de Zurique. Foto: Yu Lan via Shutterstock.

O que fazer:

Berço do movimento dadaísta, o Cabaret Voltaire foi reaberto em 2004 e segue funcionando como local de exibições de arte. Há exibições diárias de um documentário sobre o movimento artístico, e um bonito café no andar de cima. Picasso, Kandinsky e Chagall podem ser vistos no Kunsthaus, o Museu de Belas Artes, que tem a maior coleção de Munch fora da Noruega. Em Zürich West você vai achar as galerias mais interessantes da cidade.

A parte histórica de Zurique é a Alstadt, ou Old Town, cortada ao meio pelo rio Limmat. O Lindenhof, antigo forte romano, guarda ruínas históricas e belas vistas da cidade e dos Alpes. A Igreja de Nossa Senhora (Fraumunster) do século VII, tem projetadas de vidro modernas, criadas por Marc Chagall. A Catedral de St Peter tem o maior relógio de toda a Europa. E as torres gêmeas da Grande Catedral (Grossmunster) oferecem vistas incríveis, além de um tanto de história da região.

A Freitag Tower é uma interessante torre de contêineres no centro de Zurique-Oeste. Os 17 caixotes de metal empilhados são a flagship store da Freitag, loja super cool de acessórios, incluindo as famosas e resistentes bolsas em todos os tamanhos, modelos e cores.

Para matar fomes rápidas gastando pouco, há cafés servido raclete e infinitas bancas de salsicha em toda a cidade. A mais famosa (e com mais filas) é a Sternen Grill. Mas quando for o caso de se sentir parte da realeza, tome o brunch de domingo no Dolder Grand Hotel, de preferência numa mesa com vista para o lago.

Outra curiosidade é o Wings, bar mobiliado com os bens da falecida Swissair (que pediu falência em 2002). Fica na beira do Limmat.

 

*Foto destaque: Juan Rubiano