O local com maior concentração de gelo, além da Antártida e Groenlandia, fica no parque nacional Los Glaciares na Patagônia. Entre as geleiras que compõem essa grande massa de gelo, o Perito Moreno, além de ser o principal destino turístico, é uma das poucas geleiras que não está em recuo no mundo. Desde 1917, a fronteira da geleira manteve-se oscilando no mesmo ponto onde está hoje em dia.

A face da geleira forma uma parede imponente que por 4 quilômetros eleva-se entre 50 e 70 metros acima do Lago Argentino. O gelo se estende por um área que cobre 250 km² e tem 30km de comprimento. Ou seja, um pouco maior do que a área de Buenos Aires.

A geleira chega a alcançar o outro lado do Lago Argentino fechando uma parte do lago, o Brazo Rico. Com a passagem da água para a parte principal do Lago Argentino, o Brazo Rico chega a ter uma cheia 30 metros acima do nível do lago principal.

Quando a pressão fica alta o suficiente, a água começa a achar caminhos embaixo do gelo. Ao passar do tempo, a passagem gerada pelo fluxo fica tão grande que forma um arco. Quando o arco formado finalmente colapsa, é um acontecimento de tirar o fôlego de qualquer um. Os intervalos do acontecimento variam bastante, de vez em quando acontece por dois anos seguidos, outras vezes chega a levar 10 anos para se repetir.
O centro de visitas fica perto da ponta onde o glacial fecha o lago, de la dá para assistir e ouvir o barulho quando os blocos de gelo se soltam da parede para formar icebergues. A melhor época para ver esse grande espetáculo da natureza é entre novembro e abril. O centro de visitantes fica a cerca de 2 horas de ônibus de El Calafate, a cidade mais próxima de Perito Moreno.

Além da vista a partir do centro de visitas, há excursões de trekking e passeios de barco para quem quer ver a geleira do lago, que tem a cor da água marcada pelos minerais que a geleira acaba levando das pedras ao longo do seu caminho.
