Fazia anos que eu não ia à Ilhabela, uns 15 no mínimo. E olha que eu sempre gostei muito de lá. Já passei Carnaval, réveillon, até temporadas de inverno. Mas sabe como é viagem de universitário, né? A gente sempre alugava uns casebres simplinhos, com uma relação pessoas/banheiros bem alta, e por conta disso o programa sempre era pingar no máximo de praias possíveis durante o dia, e bater perna e perder tempo no centrinho à noite. Bons tempos aqueles, mas sorte a minha que não preciso mais viajar assim. Velho, porém confortável.
A convite do Airbnb, nós do CoP fomos a uma casa no norte da Ilhabela para passar o fim de semana passado, e a experiência não poderia ter sido mais distante do que eu guardava na memória. A Ilha (como chamam os íntimos) mudou muito. Os casebres foram substituídos por casas grandes e elegantes, a avenida principal foi toda remodelada com ciclovias e quiosques, os restaurantes de PF agora tem até toalha de mesa. Só os borrachudos continuam iguais. E a balsa. Não, a balsa está pior. As filas são concorridíssimas, e ai de você se não reservar com bastante antecedência.
Esse burburinho todo é compreensível. A Ilhabela tem algumas das praias mais bonitas do litoral de São Paulo, com vista privilegiada para o continente, ainda com a vantagem de ser uma rara faixa de litoral brasileiro voltado para oeste – e, por consequência, ter o privilégio de ver o pôr-do-sol de frente.

Mas confesso que praticamente não exploramos nada disso. Ainda mais do que na casa de Ubatuba, o fim de semana na Ilhabela foi de retiro completo, e a casa que escolhemos tem uma grande parcela de culpa nisso. Localizada perto da Praia da Armação, no norte da ilha, fica meio distante do buxixo, o que é ideal para quem quer mesmo é relaxar. Além disso, ela ficava no alto do morro, com uma baita varanda com piscina, e uma vista digna de capa de revista. Quem é que quer ficar circulando com um paraíso privativo desses?


Para coroar o fim de semana, o céu contrariou a mais pessimista metereologia, nos brindando com sol firme e brisa delicada quase o tempo todo. A varanda, inevitavelmente, virou o centro de todas as atividades: refeições, petiscos, drinks, sestas, e qualquer outra que não precisasse de uma cama e um banheiro. O wi-fi da casa (com direito a TV a cabo completinha) era bastante decente, então teve até gente trabalhando à beira da piscina. Era impossível sair de lá.

De comum acordo, fizemos um fim de semana totalmente vegetariano, e nosso personal chef Jô se esbaldou na cozinha, rústica como todo o resto, mas completíssima. O forno de pizza foi dispensado dessa vez em favor do fogão a lenha logo ao lado, que deu uma camada sabor a mais à feijoada vegana. O host Rogério foi extremamente atencioso, e se certificou de deixar tudo à nossa disposição o tempo todo. Aliás, um elogio extra nunca é demais: nunca vi uma casa de temporada – seja campo, praia ou montanha – tão limpa, organizada e cheirosa como a dele.


Foi muito bom voltar à Ilhabela nessa nova fase da vida, porém dois dias foram muito pouco. Essa casa é o tipo de lugar que dá vontade de voltar para passar um mês. Dessa vez, a Lalai e a Dani não puderam estar conosco, então talvez essa seja uma boa desculpa para juntar a cúpula do CoP de novo em algum momento. Uma coisa eu tenho certeza: essa casa está no topo da lista para próximas viagens.
Quem quiser saber mais sobre a casa que ficamos, pode conferir no perfil do Airbnb.
