A não ser que você tenha um fetiche estranho por ler cláusulas infinitas e escritas em letras minúsculas em contratos, você deve odiar comprar seguro viagem. É chato mesmo. É difícil, longo, você nunca sabe qual contratar e em qual confiar. Mas é tudo ponto de vista: seguros podem ser santos que amenizam grandes perrengues durante nossas andanças pelo mundo. E sabendo algumas dessas dicas valiosas, você pode comprar paz de espírito. E vamos combinar, essa não tem valor, né?
1. Você pode assegurar seus gadgets (computador, smartphone)

Viagem é sinônimo de lugar turístico, que é sinônimo de amontoado de gente com trombadinhas oportunistas. Ou seja, para seu lindo celular dourado ir para as cucuias são dois minutos. Isso sem falar que você pode rolar montanha abaixo numa escalada, derrubar o celular lá do alto do Empire State, ou tropeçar e cair para fora do barco com a mochila nas costas, né?
Muitos seguros-viagem feitos no exterior protegem os gadgets. Agora o problema é que a grande maioria deles não é válido para brasileiros, apenas para residentes do próprio país. Aqui no Brasil temos poucas opções, mas a Porto Seguro é uma delas. Porém é importante que você mencione que gostaria de uma cobertura internacional, que tem um valor adicional. Fizemos o teste: o seguro de um iPhone 6 custa R$ 668 reais e, para adicionar a cobertura internacional, seriam R$ 56 a mais.
2. Seguro-viagem e Assistência-viagem não são a mesma coisa

Volnei Veronese, Gerente de Produtos e novos negócios da Assist Card, explica aqui para o Chicken or Pasta: seguro viagem tem como característica principal a restituição financeira através de reembolso para os eventos cobertos contratados ocorridos durante a viagem. Já a assistência viagem tem como propósito ajudar os viajantes no momento de sua necessidade – normalmente indicando a rede credenciada. Veronese afirma também que é muito comum as pessoas se esquecerem de fazer seguros para viagens nacionais. Os planos cobrem muito mais do que despesas médicas, incluindo ainda atendimento odontológico de urgência, reembolso de gastos por atraso ou cancelamento de voo e estadia de um familiar caso você necessite de acompanhamento, só para citar alguns. Também é importante verificar se seu serviço tem uma seguradora grande por trás: a deles é a Starr International. Acabamos de viajar utilizando a Assist Card e, felizmente, não tivemos nenhum incidente para ter necessidade de acionar a ajuda oferecida pela empresa.
3. Existem sites de comparação de seguro-viagem

Você não imagina mais sua vida sem o SkyScanner para passagens, certo? Mas para seguros-viagem também existem ferramentas de comparação de preço. É isso que os serviços Insurance My trip e Square Mouth fazem.
O mais interessante é que a recomendação das seguradoras é auditada, ou seja, você consegue ver realmente se ela cumpre com que o prometido ou deixou pobres viajantes com o pé quebrado a deus dará. É muito importante colocar o seu país de origem (pois eles oferecem seguros válidos para o seu perfil), fazer comparação das coberturas e, principalmente, checar a reputação da seguradora.
4. Viajantes frequentes podem fazer um seguro para ao ano todo

Muitas empresas oferecem planos anuais, que, em geral, custam de 200 a 250 dólares. Entretanto não servem para você viajar o ano inteiro. São válidos apenas para múltiplas viagens de até 30 dias. Mas é preciso olhar as entrelinhas, pois o atendimento médico é exclusivo para emergências, como em caso de acidente, enfermidade aguda e imprevista. Caso seja ocasionado por uma doença preexistente e que não tenha sido mencionada na aquisição do serviço, você também poderá ficar na mão. Por isso, vale ler todas as cláusulas do contrato antes de fechar o seguro. O melhor é pesquisar se essa opção vale a pena nos sites de comparação de preços e serviços, como o Insurance My trip e Square Mouth.
5. Viajantes de longo prazo precisam de seguros diferentes
A Carol, do Projeto ViraVolta, especialista em viagens de longo prazo, dá dicas sobre seguro no site. A World Nomads é o xodó para esse tipo de viagem, pois eles são os que mais entendem de longas viagens e de aventura. Pesquise na internet e vai ser muito raro encontrar clientes insatisfeitos com eles. Porém, como ponto negativo, fique atento à taxa de franquia, solicitada cada vez que você usa o seguro.
Carol conta que os outros seguros são mais caretas (não cobrindo a maioria das atividades de aventura) e pensados para viagens de férias. O mais importante é você conhecer bem o seu perfil de viajante (aventureiro, com alguma doença crônica…) e avaliar bem o que cada seguro oferece. Todos os detalhes no site deles.
Estamos ávidos para saber a experiência de vocês – teve uma boa ou ruim, escreve aí nos comentários! :)
Foto destaque: fieldwork / shutterstock.com
