Nesse final de semana, dia 28 e 29, acontece o Lollapalooza Brasil em São Paulo. O festival veio para o país em 2012, quando trouxe gente como Foo Fighters, Joan Jett e TV on the Radio e continua por aí firme e forte todos esses anos. Esse ano é a vez de Jack White, Interpol e Kasabian fazerem as pessoas balançarem o esqueleto. Mas e o americano, como é? Na verdade, é muito fácil ir para o Lollapalooza em Chicago. E, em relação a ingressos e hospedagem, o preço não fica muito diferente do que pagamos por aqui. A diferença é que o festival lá é muito maior, não só pela quantidade de dias, mas de atrações por dia. Tudo começa ao meio dia, são vários palcos – para se ter idéia, o tempo para ir de um palco principal ao outro andando é de quase meia hora – isso sem muvuca.
Eu já tive duas experiências bem diferentes no festival: uma em 2008, quando tocou Radiohead, Nine Inch Nails e Rage Against The Machine – dessa vez eu fui por conta própria, ficamos em um lugar bem afastado e por isso alugamos um carro; e a segunda em 2012, quando teve Black Keys, Jack White e At the Drive in, quando eu comprei o pacote de viagem já direto do site.
Comprando ingresso

O ingresso é muito simples arrumar: compre diretamente do site. Como todo festival, ele é vendido em lotes, quanto mais cedo você comprar, mais barato ele vai ser. Mas não precisa se apavorar: diferente do Glastonbbury, os ingressos não costumam esgotar em pouco tempo. Vale a pena esperar o lineup sair, se você vai pelo festival mesmo. Existem alguns tipos de ingressos, mas os dois importantes para nós são: a entrada para o festival e o pacote de viagem, que além da entrada, te dá direito a hotel e alguns brindes, como poster e camiseta.
Hospedagem
Como falei no item anterior, um dos ingressos que você pode comprar para o festival é o Pacote de Viagem, que inclui também hotel. Para mim, essa é a melhor opção para quem não quer dor de cabeça. Os hoteis oferecidos no pacote são normalmente muito bons, dá para ir andando para o parque e os preços são justos considerando a qualidade das acomodações. Se você preferir ainda procurar um hotel por conta própria, as minhas dicas são:
- Corra! Ao contrário dos ingressos, fica muito difícil achar algo bom e barato por aquele pedaço na época do festival. Assim que tiver certeza que vai no festival, já vá atrás de lugar para ficar.
- Tente ficar em algum lugar próximo ao parque e que dê para andar até o hotel. Mesmo se alugar um carro, você vai sair do festival quebrado, provavelmente querendo só sua cama. Vale a pena pagar um pouco a mais por essa “mordomia”, você vai aproveitar muito mais o Lolla dessa maneira.
O site do festival te dá a opção de reservar um hotel por lá também, indicando preços, ofertas e localização. Mesmo se não for reservar por lá, vale a pena dar uma olhada para saber das opções.
Festas extras

Assim como acontece em São Paulo, várias bandas que tocam no Lollapalooza acabam tocando em lugares menores pela cidade na época do festival. Porém conseguir um desses ingressos é tarefa quase impossível para tristeza nossa. No ano passado foram 45 after shows e after parties, sempre com as bandas menores, não as headliners. O negócio é ficar atento e comprar esses o quanto antes, porque eles esgotam bem rápido. Para saber mais informações sobre essas festas, basta checar no próprio site do Lolla ou acompanhe a Timeout Chicago.
O que fazer em Chicago quando não estiver no festival
Chicago é uma das cidades mais bonitas e interessantes nos Estados Unidos e, se você está indo para o festival, não deixe de guardar uns 3 dias só para passear por lá. É a terceira maior cidade do país, só atrás de Nova York e Los Angeles, e bem conhecida pela música e culinária – hoje a cidade tem alguns dos melhores chefs dos EUA. Ou seja, tem bastante coisa para ver e conhecer.

De pontos turísticos daqueles que você tem que ir pelo menos uma vez, temos o “feijãozão” Cloud Gate. Presente em todas as fotos de quem vai para Chicago, a escultura foi feita pelo Anish Kapoor e fica no Millenium Park, que é beeem perto do Grant Park onde acontece o Lolla e dá para ir andando. Outro marco na cidade é a Willis Tower, mais comumente chamada de Sears Tower. Com 108 andares, se tornou o prédio mais alto do mundo em 1973, o mais legal do prédio é pisar no chão transparente e ver toda a cidade abaixo dos seus pés.

Para compras, vá para a área do Wicker Park/Bucktown. O lugar é próximo ao loop, região comercial central da cidade, e por causa dos preços baixos nos anos 90, muitos artistas mudaram para a área. Por isso, espere encontrar várias boutiques bacanas, marcas indies e lojas vintages convivendo lado a lado com grandes marcas.
Na comida, não deixe de experimentar primeiramente a famosa deep fried pizza. Dizem que a melhor é a do Burt’s Place, mas o legal é que rola até tour de pizza para você experimentar várias – e não somente do tipo deep fried, mas também a stuffed e a pan pizza – e tirar uma conclusão própria. E neste post aqui, eles listam 20 opções se você quiser testar sozinho.

Mas não é só de pizza que sobrevive a gastronomia local. Para um brunch, vá ao Lula Café. Hamburguer, o local é o DMK Burger Bar, e para italiano, vá ao Formento’s. Churrasco é no Smoque BBQ, sushi e japonês no Momotaro e comida americana no Longman & Eagle.
No final, não deixe de visitar as cervejarias locais: Lagunitas, Revolution e Goose Island.
Se interessou? Os ingressos começaram a ser vendidos hoje.
* Foto de Capa: https://www.flickr.com/photos/swimfinfan