Gastando pouco em NYC

Ok, estamos falando de uma das cidades mais caras do mundo. Pra nós, brasileiros, com a cotação a R$3,35 (em 23 de julho) então, nem se fala. Mas o bom é que dá pra fazer várias coisas em NY sem gastar muito, e até de graça. Eu, que cheguei aqui no ápice da crise brasileira, e continuo recebendo em reais, tive que me virar nos 30 para não deixar a peteca cair e seguir aproveitando a cidade sem gastar muito.

Você pode comer, beber, ver filme, curtir shows com o orçamento baixo. Aqui vão algumas dicas:

Minha dieta quando cheguei se baseava em baguel com cream cheese e pizza. Qualquer deli em cada esquina vai te oferecer um bagel gostosinho com cream cheese por cerca de U$1,50. As pizzas por U$2 estão espalhadas pela cidade. Se quiser ousar um pouco, fuja da marguerita e peça uma de peperoni por U$3 . Eu vou em qualquer uma, mas pra indicar aqui deixo a Champions no Soho e Joe’s, em Greenwich Village.

Outra opção também pode ser o cachorro quente das carrocinhas que ficam por todas as esquinas. Média de U$3, mas dá pra pechinchar, já levei por U$2.

Foto: Jo Machado
Foto: Jo Machado

Mas se quiser sentar, beber e comer algo, de graça, também é possível! Tem vários lugares que dão comida para os clientes! Duvida? Vai no Charleston, em Williamsburg, pede um drink e ganhe uma pizza! Ou no Croxley Ales, no East Village, numa sexta-feira, e coma asinhas de frango for free. Aqui tem outras dicas. Mas também dá pra pagar pouco em restaurantes bons. Tipo o Vanessa’s Dumpling House, em Chinatown, onde uma porção de 8 dumplings sai por U$2,50 e o Oasis, em Williamsburg, com um mega sanduíche de falafel por U$4.

Pra beber barato, a dica é se ligar nos horários de happy hour. Os horários variam um pouco, mas normalmente é das 4pm às 8pm. Os preços caem pela metade e sempre tem alguma promoção. No Iggy’s, eu tomei cerveja por U$2, o que é lindo. No Marshal’s, tinha desconto de U$3 em cada drink. E por aí vai. Ah, esses dias descobri também lugares com desgustação de vinho! Tipo o Big Nose, Full Body, no Brooklyn, de segunda a sexta das 17h às 19h. Ou o Bottlerocket Wine & Spirit, no Flatiron District, sextas e sábados das 17 às 20h. Não dá pra encher a cara, mas ajuda.

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Foto: Camila Mazzini

Mas vamos além da parte gastronômica e etílica. Cinema, shows e teatro de graça. Sim, é possível. No verão NY se transforma num receptáculo de eventos outdoors e a maioria é for free. Como o  Shakspeare in the Park. Pode ser complicado de conseguir ingresso, mas existe a possibilidade. E como é maravilhoso assistir um filme jogadão na grama do Bryant Park. Eu assisti Ghostbusters na abertura da temporada e foi demais. Mas tem outras opções, como o Riverside Park e o Yotel.

Shows também! O Celebrate Brooklyn traz várias apresentaçoes gratuitas no Prospect Park durante o verão. O Summer Stage no meio do Central Park também é uma opção. E vários bares recebem bandas legais sem cobrar ingresso. Vale olhar aqui. Ah, descobri também uma apresentação às 6 da manhã para gravação de um programa de rádio. Quem sabe ir virado?

Também só vou em museu “de graça”. Na verdade, todos os museus tem seu dia de free admission, então, ao invés de pagar US$22 pra ir no Moma, na sexta-feira das 16h às 20h, não se paga nada. Ok que às vezes tem filas e muita gente, mas para quem não tem muita grana vale a pena. Alguns museus, como o Metropolitan e o Brooklyn Museum funcionam com “pague quanto quiser” todos os dias. Melhor ainda.

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Foto: Camila Mazzini

Passeios normalmente são grátis: Central Park, High Line, Brooklyn Bridge…e dá pra ver a Estátua da Liberdade mais de perto também passeando de graça no Ferry. Tem latão de Bud por U$3, just saying.

E, pra se locomover, nada de taxis. O bom e velho metrô dá conta do recado e te atende 24h por dia, 7 dias da semana. Compre seu Metrocard e ande por tudo, quantas vezes quiser. Rola até pegar ônibus se quiser, dar um rolê olhado a cidade.

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Foto: Camila Mazzini

Foto destaque: Jo Machado