Poltrona cheia de farelos de amendoim. Pijamas de flanela. Moletom manchado, meia estrategicamente furada no dedão. Voar é tudo, menos glamouroso. Ao contrário, basicamente é um teste à dignidade humana: até quantos humanos conseguimos instalar em um tubo hermeticamente fechado através do oceano?
Não nos leve mal. Somos os maiores defensores da democratização da viagem. Mais que isso – os que mais tiram vantagem disso. Mas existe uma certa nostalgia de uma era dourada nunca vivida.

De sentar de tailler amarelo e chapéu com uma luvinha branca, aguardando a aeromoça da PanAm. (E sim, na época, era socialmente aceitável chamá-las de ‘aeromoças’). Diz que era sim, era tão glamouroso quanto parece nos filmes dos anos 50 e 60.

Voar era mais do que chegar: era um ‘cocktail party’ nos céus.

Mas o mundo de jantares na porcelana chinesa, e opções de bebidas que deixariam qualquer adega especializada no chinelo pode estar voltando. Ao menos, se depender da Emirates Airlines.
Não que seja para qualquer um. Aliás, é para bem poucos. Mas como sonhar um pouquinho não custa, imagine voar para Dubai na sua cabine privativa…

Muito solitário? Não se preocupe. Você pode chamar seus amigos para tomar um dry martini no bar….

Esperar seu personal chef trazer sua escolha preparada na cozinha a bordo de lagosta e champanhe…

Ou um lanchinho com a família?

E antes de aterrissar, um banho no spa para se refrescar….

É possível se seu orçamento não está para os R$ 20 mil da passagem Guarulhos- Dubai. Mas se dizem que a crise é que impulsa o homem – quem sabe você não tem uma ideia milionária quando bater o passageiro da frente reclinar a cadeira?